Usina nuclear pode voltar a operar no Japão três anos após Fukushima

Satsumasendai aprovou reinício das operações de usina com dois reatores.Terremoto seguido de tsunami atingiu a usina de Fukushima em 2011.

Vista áerea da usina de Fukushima, em foto de arquivo feita no dia 20 de agosto, mostra os tanques com água contaminada na parte inferior da imagem. (Foto: Kyodo/Arquivo/Reuters)

Uma cidade no sudoeste do Japão tornou-se, nesta terça-feira (28), a primeira do país a aprovar o reinício de uma usina nuclear no complicado processo japonês de reviver uma indústria que ficou ociosa devido à catástrofe de Fukushima em 2011.
Satsumasendai, uma cidade de 100 mil habitantes que hospeda a usina de dois reatores da empresa Kyushu Electric Power Co, fica 1.000 quilômetros a sudoeste de Tóquio e há muito tempo depende da usina de Sendai para gerar empregos.
Dezenove dos 26 membros da Assembleia da cidade votaram a favor de reiniciar a planta, enquanto quatro membros votaram contra e três se abstiveram, disse um parlamentar da cidade à agência de notícias Reuters.
O reinício dos primeiros reatores do Japão a receber liberação para voltar a operar sob novas regras impostas desde Fukushima não deve ocorrer até o próximo ano, uma vez que a Kyushu Eletrics ainda precisa passar por verificações de segurança operacional.
Todos os 48 reatores nucleares do país foram gradualmente tirados de operação após Fukushima, o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986.
Um terremoto seguido de tsunami atingiu a usina de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, provocando vazamentos nucleares e forçando mais de 160 mil pessoas a fugir de cidades vizinhas, além de contaminar água, comida e ar.
O Japão foi forçado a importar combustíveis fósseis caros para substituir a energia atômica, que, anteriormente, era responsável por cerca de 30% da eletricidade do país.
O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe está em busca de reiniciar os reatores nucleares, mas disse que vai deixar para as autoridades locais a aprovação de uma política que ainda é impopular com grandes setores do público.

Fonte: G1

Acessado 29/10/11

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