Até quando?

Três esquadrões para quatro bases

20 de Novembro, 2013l Defesanet

“Nós vamos ter um hiato. Espero que não seja tão profundo”. A frase é do Brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, responsável pelo comando de toda a aviação de caça no Brasil. Ele engrossa o coro dos que acreditam que a modernização do F-5 o tornou apto para a missão neste momento. “Hoje em dia, o avião de combate é muito mais sistema, ele é muito mais armamento inteligente do que propria­mente dito a plataforma”, diz.


Por outro lado, o Brigadeiro não esconde que o pior aspecto da aposen­tadoria dos Mirage é a realocação de forças. Os três esquadrões com F-5, do Rio de Janeiro, Manaus e Canoas (RS) vão assumir o alerta de defesa aérea a partir de Anápolis (GO) com suas próprias aeronaves. Vão ser três esqua­drões para cobrir o espaço de quatro. (Nota DefesaNet - Lembrar que Manaus foi criado canibalizando o 1º/14º Esquadrão - Canoas)

Todos os dias, pelo menos dois des­ses caças deverão estar em Anápolis, de qualquer uma das três unidades. “Pode acontecer de um dia estarmos com um F-5 de Canoas e outro de Manaus em alerta em Anápolis. Não importa”. A preocupação maior, no en­tanto, é com o futuro. “Tem muita gen­te que pensa que se modernizou o F-5 e por isso não mais necessitamos de outro caça. Não! O F-5 chegou ao Brasil na década de 70. Continua sendo uma célula antiga, com restrições”, garante o Brigadeiro. Para ele, o importante agora é estar em condições de receber a nova aeronave. “Qualquer um dos três concorrentes a ‘F-X2’ supera em muito os Mirage e os F-5”.

Com a aposentadoria dos Mirage, o 1° Grupo de Defesa Aérea ficará sem aeronaves. “O F-5 não vai substituir o Mirage. O GDA não terá avião até a chegada do F-X2. É uma Unidade Aérea sem aeronave até a chegada do F-X2”. Boa parte do efetivo foi transferida para outras unidades. Permanecerá um grupo de seis pilotos, um Major e cinco Capitães, que vão manter a vida administrativa da uni­dade, cumprir horas de voos em jatos F-5 e participar de treinamentos e, no futuro, irão compor o primeiro grupo de militares a voar o novo caça a ser adquirido para a FAB. “Nós não pode­mos desperdiçar essa experiência que eles já têm como pilotos de Mirage”, finaliza o Brigadeiro Aguiar.

Fonte:

http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia/13112/Pobre-FAB----ADEUS-MIRAGE-/

0 comentários :