De olho nos EUA, Brics se dizem preocupados com câmbio
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Brics - BBC - 05/09/2013
Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130904_brics_cambio_pai_rw.shtml Acesso em 11/09/2013
http://oglobo.globo.com/economia/cambio-leva-brics-discutir-reserva-de-divisas-comum-9812530
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brics-contribuirao-com-us-100-bi-a-fundo-cambial
A forte desvalorização sofrida pelas moedas da maioria dos
países em desenvolvimento nos últimos meses levou o grupo Brics, que reúne
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a manifestar nesta quinta-feira
preocupação com as políticas monetárias de países desenvolvidos que tenham como
efeito colateral a pressão sobre a taxa de câmbio das economias em
desenvolvimento.
Em um encontro informal antes do início da reunião de cúpula do G20 (o grupo
das 20 maiores economias mundiais), entre quinta-feira e sexta-feira em São
Petersburgo, na Rússia, o grupo expressou preocupação quanto aos "efeitos
colaterais negativos não intencionais de políticas monetárias não convencionais
de certas economias desenvolvidas".
Os Brics também disseram que "a eventual normalização das políticas
monetárias precisa ser efetivamente e cuidadosamente calibrada e claramente
comunicada".
Apesar de não citar textualmente os Estados Unidos, o texto é claramente um
recado ao governo americano, cuja política de injetar centenas de bilhões de
dólares na economia desde 2010, como forma de estimular o crescimento, teria
tido o efeito de desvalorizar o dólar.
Com o anúncio feito pelo presidente do Banco Central americano, em maio, de
que esse programa de estímulo pode estar chegando ao fim, houve o efeito
inverso: a fuga de capitais das economias emergentes e a valorização do dólar em
relação às moedas desses países, como o real.
Sem acordo
Ainda assim, a reunião entre os líderes dos Brics não chegou a um acordo
sobre uma possível ação coordenada entre os países emergentes para combater os
efeitos do fim da política de estímulo americana sobre o câmbio, como haviam
sugerido alguns integrantes do grupo.
Na semana passada, o principal assessor econômico do Banco Central indiano
havia afirmado que a Índia discutia com outros emergentes um plano para realizar
intervenções coordenadas em mercados cambiais no exterior como maneira de conter
a pressão sobre as moedas dos países em desenvolvimento.
Os Brics esperam que o tema esteja presente no comunicado final do G20, a ser
divulgado ao final da cúpula, nesta sexta-feira.
Mas um representante do governo americano, o vice-assessor de segurança para
comunicações estratégicas da Casa Branca, Ben Rhodes, adiantou que os países em
desenvolvimento terão que fazer sua parte, ajustando suas próprias políticas
após a recuperação econômica.
Os Brics também citaram "progressos" na formação do fundo emergencial de
reservas do grupo, no valor de US$ 100 bilhões, explicitando pela primeira vez a
divisão da contribuição de cada membro para o fundo: a China, maior economia do
grupo, entrará com US$ 41 bilhões; Brasil, Índia e Rússia darão US$ 18 bilhões e
a África do Sul garantirá US$ 5 bilhões.
O grupo anunciou ainda que houve avanços nas negociações para a formação de
um banco de desenvolvimento do bloco, com capital inicial de US$ 50 bilhões.
Os líderes dos cinco países disseram esperar "resultados tangíveis" nas
negociações para a formação do banco e do fundo até a próxima reunião de cúpula
do grupo, que acontece em março do ano que vem em Fortaleza.
Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130904_brics_cambio_pai_rw.shtml Acesso em 11/09/2013
http://oglobo.globo.com/economia/cambio-leva-brics-discutir-reserva-de-divisas-comum-9812530
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brics-contribuirao-com-us-100-bi-a-fundo-cambial