Pai e filho presos na Operação Athos são transferidos para presídio em MG

Os dois estavam foragidos há quatro meses e foram presos na Bolívia.
Eles são suspeitos de integrar esquema de tráfico que agia em 6 estados.
Dois homens, pai e filho, suspeitos de integrar um esquema de tráfico de drogas que agia em seis estados brasileiros foram transferidos para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles chegaram a Minas Gerais na noite quarta-feira (29), por volta das 22h30, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Os dois foram presos na Bolívia, nesta segunda-feira (27), em continuidade da operação "Athos" da Polícia Federal.
Segundo as investigações, os presos são do Rio de Janeiro e estavam foragidos desde o dia 10 de junho, quando a operação foi deflagrada em seis estados brasileiros. Um deles é apontado como principal comprador de Peterson Pereira Monteiro, o "Zói", suspeito de comandar o tráfico de drogas em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Eles estavam morando em uma mansão de luxo em Santa Cruz de la Sierra. A chegada ao aeroporto em Minas ocorreu em um vôo convencional, com presença de escoltada de policiais federais.
A PF apreendeu, ainda, 594 quilos de cocaína (pasta base e cloridrato), cerca de 1,5 tonelada de maconha, uma pistola calibre .380, munição, seis veículos, um caminhão, R$ 203.695 e US$ 390.228.
Quinze réus da operação “Athos” passam por uma série de oitivas com a Justiça Federal em Juiz de Fora. Os trabalhos tiveram início nesta terça-feira (28) e ainda não há previsão de término. Os envolvidos não tiveram a identidade revelada.

De acordo com a PF, a organização criminosa era ligada a esquema milionário de tráfico internacional de drogas e armas que agia em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Durante as investigações, foi identificado um núcleo responsável por financiar o tráfico de drogas, e um dos integrantes estava ligado a fraudes bancárias que poderiam chegar a R$ 120 milhões em um ano. O nome da operação vem da mitologia grega e significa "aquele que nada teme".
No dia da operação, cerca de 250 policiais federais cumpriram 38 mandados de busca e apreensão e nove de conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para prestar esclarecimentos. Do total de detidos na ocasião, mais de dez foram presos em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Uma aeronave também foi apreendida.
A PF informou que, para desarticular a quadrilha, foram tomadas algumas medidas judiciais, como o bloqueio de valores e ativos depositados em instituições bancárias em titularidade de 28 CPFs e quatro CNPJs; sequestro de todos os imóveis e veículos em nome dessas pessoas físicas e jurídicas; além do sequestro de patrimônio já identificado dos investigados, incluindo cinco aeronaves, quatro lanchas de luxo, uma moto aquática, 11 imóveis e 14 veículos. Todos os bens foram avaliados em cerca de R$ 70 milhões.
Interrogatórios
Cerca de 70 testemunhas vão participar dos depoimentos. O juiz Amaury de Lima e Souza, acusado de vender sentenças para beneficiar traficantes, não está entre os réus em Juiz de Fora. Ele será julgado pela Justiça Federal de Belo Horizonte.
Fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/10/pai-e-filho-presos-na-operacao-athos-sao-transferidos-para-presidio-em-mg.html

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