BRICS CRIAM NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO

Os governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram nesta terça-feira (15/7), em Fortaleza, o acordo que cria o Banco de Desenvolvimento dos BRICS, instituição que irá financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento. O acordo foi oficializado pela presidenta Dilma Rousseff durante a VI Reunião de Cúpula dos BRICS.

O Brasil ocupará a presidência do Conselho de Administração do novo banco. A presidência do banco nos próximos cinco anos ficará a cargo da Índia, enquanto caberá à Rússia dirigir pela primeira vez o Conselho de Ministros. A sede da nova instituição será em Xangai e o primeiro escritório regional na África do Sul.
Durante a reunião, os ministros da Fazenda dos cinco países decidiram que a ordem de rotatividade na presidência da nova instituição será: Índia, Brasil, Rússia, África do Sul e China, com permanência de cinco anos para cada país no cargo.
Logo após o mandato inicial da Índia, será a vez de o Brasil assumir a presidência do banco. “Todos os países serão presidentes (do banco). O rodízio já foi estabelecido”, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista coletiva. “A cada cinco anos, haverá esta rotatividade. É bastante democrática a gestão do banco”, completou em seguida.
Para o ministro, a criação do novo banco de desenvolvimento consolida o bloco econômico BRICS, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Estamos criando o banco porque não há financiamento suficiente para projetos nos países emergentes”, afirmou Mantega.
O Banco terá capital inicial autorizado de US$ 100 bilhões. O capital inicial subscrito será de US$ 50 bilhões, dividido igualmente entre os membros fundadores. “No Banco dos BRICS, teremos poder igual”, disse. “A estrutura de poder está bem definida”, acrescentou.
REDE DE PROTEÇÃO
Durante a cúpula, os integrantes dos BRICS também assinaram o Tratado para o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, com um montante inicial de US$ 100 bilhões. O arranjo funcionará como um "colchão de proteção", de acordo com o ministro da Fazenda, e será um mecanismo adicional a outros que já existem, como FMI (Fundo Monetário Internacional). Mantega disse ainda que o arranjo será uma espécie de "retaguarda" para os países participantes.

Fonte: http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/2014-1/julho/brics-criam-novo-banco-de-desenvolvimento

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