Autoridades de Brasil e EUA “comemoram” acordo do algodão

Representante de comércio dos EUA fala em “significativo progresso” nas relações bilaterais com o Brasil


Autoridades de Brasil e Estados Unidos “comemoraram” o acordo que colocou fim ao contencioso entre os dois países em relação ao algodão, de acordo com comunicados oficiais dos dois governos. A disputa durou mais de uma década na Organização Mundial do Comércio (OMC) e resultou em vitória brasileira.
Nesta quarta-feira (1/10), em Washington, foi oficializado que o Brasil não faria novas ações contra o apoio à produção de algodão do governo americano até 2018. E caso o país queira questionar alguma medida, antes de entrar na OMC discutiria o assunto com o governo americano, além de abrir mão de retaliações comerciais.
De outro lado, o compromisso é de dar o suporte à produção de algodão nos termos do acordo. Os Estados Unidos também farão “uma contribuição final” de US$ 300 milhões ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Os pagamentos, decididos pela OMC, tinham sido interrompidos no ano passado. O entendimento também prevê apoio a pesquisas conjuntas na área de algodão.
O Ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que o entendimento foi resultado de um "grande esforço", que envolveu também parceria com o setor de algodão. “Trata-se de um acordo extraordinário para o segmento, pondo fim a um impasse que já durava 12 anos”, comentou de acordo com nota do Ministério.
Do lado americano, “Brasil e Estados Unidos podem colocar essa disputa para trás”, disse o secretário de Agricultura, de acordo com o comunicado divulgado pelo USDA. Ele reconheceu que, sem o acordo, os Estados Unidos poderiam sofrer sanções que comprometeriam as exportações do país.
O representante de comércio do país, Michael Froman, se disse satisfeito. “Brasil e Estados Unidos estão ansiosos para construir um progresso significativo em nossa relação comercial”, afirmou, também de acordo com o divulgado pelo USDA.
Fonte: Globo Rural
Acessado 10/10/2014

0 comentários :